Nos posts anteriores falamos de alguns aspectos que inflenciam o sistema de embalagem e consequentemente seus custos.
Agora, vamos ver como proceder para implementar um sistema de redução de custos em embalagem.
Como todas as pessoas, os empresários e profissionais querem os 3 B`s: bom, bonito e barato, portanto, falar um pouco sobre redução de custos é sempre salutar.
Infelizmente não há uma fórmula mágica que reduza instantaneamente os custos de uma caixa ou engradado.
Um bom conhecimento dos materiais envolvidos, bem como do fluxo de produção e processos produtivos é necessário.
A seguir darei algumas dicas que facilitarão a identificação das perdas e análise para as soluções.
A primeira coisa que precisamos saber são quais os fatores que influenciam direta ou indiretamente nos custos de uma embalagem (citados no post anterior). Assim, temos os custos de:
- Administração/compra de cada item;
- Custo direto do item;
- Armazenagem e manuseio da embalagem vazia;
- Controle e análise de cada item;
- Processo produtivo (a embalagem na linha de produção);
- Armazenagem e manuseio da embalagem cheia;
- Sistema de venda e distribuição.
Com base nestes fatores, teremos uma ideia de onde podem estar ocorrendo as maiores perdas.
Observe que o custo de um componente não é apenas o preço dele, existem vários pontos a se analisar.
Assim, em muitos casos, uma caixa mal projetada pode causar inúmeras perdas na produção.
Identificados os focos de ganhos potenciais, o próximo passo seria o desenvolvimento de tabelas e planilhas que facilitariam a análise e descoberta de soluções. Desta forma, teríamos:
1. Dados do produto
- Custo;
- Preço de Venda;
- Porcentagem do custo da embalagem no preço do produto (real e desejável);
- Análise das funções da embalagem (estão adequadas ou superdimensionadas?).
Obs.: Caso esteja se analisando uma série de produtos, o ideal é dividi-los em famílias, de forma coerente, e estudar sistemas similares de embalagem.
2. Dados do atual sistema de embalagem
- Levantar curvas ABC das embalagens: de consumo, custos e outras que se façam necessárias;
- Analisar variedade das embalagens, agrupando em famílias similares.
Obs.: Devemos começar o estudo pelas embalagens mais problemáticas e que dão o maior retorno.
3. Sistemas alternativos de embalagem
Neste ponto deveremos estudas todas as alternativas de embalagem para o produto.
É o chamado “brainstorm”, ou seja, levantar todas as ideias viáveis ou, aparentemente, absurdas.
Muitas vezes soluções que pareciam inviáveis tornam-se “grandes sacadas” ou encaminham para a resposta do problema.
4. Estudo da viabilidade das alternativas
- Levantar os fatores que influenciam nos custos das alternativas (material, quantidade, área, cores e outros);
- Analise comparativa das vantagens e desvantagens de cada sistema;
- Análises de sistemas e fluxos internos e externos a empresa.
Com estes dados em mãos, podemos iniciar o estudo para redução do custo dos componentes de uma determinada embalagem.
Como Reduzir Custos
Agora vamos listar como podemos obter estas reduções de custos. A experiência mostra que podem ser feitas das seguintes formas:
- Padronização de componentes;
- Mudança de materiais;
- Mudanças nos processos;
- Mudança dos sistemas de embalagem.
Provavelmente os ganhos serão obtidos por uma destas formas.
Em casos muito específicos talvez tenhamos soluções diferentes, mas acredito que em 90% das vezes obteremos resultado usando os itens descritos acima.
Vale observar que em muitos casos obtemos soluções rápidas e sem grandes análises, em compensação, para outros, teremos que utilizar técnicas mais complexas e avançadas como a Engenharia do Valor.
Além disso, é interessante utilizar o conhecimento dos fornecedores para nos auxiliar nos estudos.
Lembre-se: eles só fazem um determinado tipo de embalagem e provavelmente dominam profundamente o assunto.