top embalagem reduzindo custos em embalagens parte 03
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Redução de Custos em Embalagem – Parte 3

Nos posts anteriores falamos de alguns aspectos que inflenciam o sistema de embalagem e consequentemente seus custos.

Agora, vamos ver como proceder para implementar um sistema de redução de custos em embalagem.

Como todas as pessoas, os empresários e profissionais querem os 3 B`s: bom, bonito e barato, portanto, falar um pouco sobre redução de custos é sempre salutar.

Infelizmente não há uma fórmula mágica que reduza instantaneamente os custos de uma caixa ou engradado.

Um bom conhecimento dos materiais envolvidos, bem como do fluxo de produção e processos produtivos é necessário.

A seguir darei algumas dicas que facilitarão a identificação das perdas e análise para as soluções.

A primeira coisa que precisamos saber são quais os fatores que influenciam direta ou indiretamente nos custos de uma embalagem (citados no post anterior). Assim, temos os custos de:

  • Administração/compra de cada item;
  • Custo direto do item;
  • Armazenagem e manuseio da embalagem vazia;
  • Controle e análise de cada item;
  • Processo produtivo (a embalagem na linha de produção);
  • Armazenagem e manuseio da embalagem cheia;
  • Sistema de venda e distribuição.

Com base nestes fatores, teremos uma ideia de onde podem estar ocorrendo as maiores perdas.

Observe que o custo de um componente não é apenas o preço dele, existem vários pontos a se analisar.

Assim, em muitos casos, uma caixa mal projetada pode causar inúmeras perdas na produção.

Identificados os focos de ganhos potenciais, o próximo passo seria o desenvolvimento de tabelas e planilhas que facilitariam a análise e descoberta de soluções. Desta forma, teríamos:

1. Dados do produto

  • Custo;
  • Preço de Venda;
  • Porcentagem do custo da embalagem no preço do produto (real e desejável);
  • Análise das funções da embalagem (estão adequadas ou superdimensionadas?).

Obs.: Caso esteja se analisando uma série de produtos, o ideal é dividi-los em famílias, de forma coerente, e estudar sistemas similares de embalagem.

2. Dados do atual sistema de embalagem

  • Levantar curvas ABC das embalagens: de consumo, custos e outras que se façam necessárias;
  • Analisar variedade das embalagens, agrupando em famílias similares.

Obs.:  Devemos começar o estudo pelas embalagens mais problemáticas e que dão o maior retorno.

3. Sistemas alternativos de embalagem

Neste ponto deveremos estudas todas as alternativas de embalagem para o produto.

É o chamado “brainstorm”, ou seja, levantar todas as ideias viáveis ou, aparentemente, absurdas.

Muitas vezes soluções que pareciam inviáveis tornam-se “grandes sacadas” ou encaminham para a resposta do problema.

4. Estudo da viabilidade das alternativas

  • Levantar os fatores que influenciam nos custos das alternativas (material, quantidade, área, cores e outros);
  • Analise comparativa das vantagens e desvantagens de cada sistema;
  • Análises de sistemas e fluxos internos e externos a empresa.

Com estes dados em mãos, podemos iniciar o estudo para redução do custo dos componentes de uma determinada embalagem.

Como Reduzir Custos

Agora vamos listar como podemos obter estas reduções de custos. A experiência mostra que podem ser feitas das seguintes formas:

  • Padronização de componentes;
  • Mudança de materiais;
  • Mudanças nos processos;
  • Mudança dos sistemas de embalagem.

Provavelmente os ganhos serão obtidos por uma destas formas.

Em casos muito específicos talvez tenhamos soluções diferentes, mas acredito que em 90% das vezes obteremos resultado usando os itens descritos acima.

Vale observar que em muitos casos obtemos soluções rápidas e sem grandes análises, em compensação, para outros, teremos que utilizar técnicas mais complexas e avançadas como a Engenharia do Valor.

Além disso, é interessante utilizar o conhecimento dos fornecedores para nos auxiliar nos estudos.

Lembre-se: eles só fazem um determinado tipo de embalagem e provavelmente dominam profundamente o assunto.

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